Poema de amor
Nossos atos hão de ser sempre subsidiados pelo amor.
Amor em toda sua amplitude de compreensão.
A medida dessa compreensão é conquistada no viver cotidiano.
Seguindo essa trilha, regozijamo-nos por ver as flores do
caminho.
No todo existente, entretanto, há equilíbrio nas forças da
natureza.
Há de se compreender a existência dos pântanos em nossa
paisagem.
Trilhar em paz significa ter essa compreensão.
Meta a se almejar, pelo menos.
O cair das folhas e das flores não dá motivo para desdizer
das plantas, nem as mazelas para desdizer da vida.
Tudo pode ser visto sob o prisma do amor.
Amamos o sol apesar de saber que ele pode nos tostar.
Ele não se perturba com sua força distributiva.
Segue sua rota navegando entre forças maiores ainda.
É tão belo o raiar do dia e não menos o entardecer.
O primeiro nos desperta para a lida diária, nos agita, nos sacode,
para sorrir e agir.
O outro nos acalma, quando a luz se afasta.
É como se o sol dissesse: minha cota de energia de hoje já
foi fornecida, mas amanhã haverá luz outra vez.
Evaldo de Paula Moreira
Poema de amor