Powered By Blogger

SEGUIDORES DE CAMINHADA

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PARANÁ




Esteticamente bonita.
Criativamente bem bolada.
Espero que a mensagem alcance sua proposta.
*****
*****
Fotos que tirei em frente ao Estádio Joaquim Américo Guimarães, na bela Curitiba.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

SABEDORIA E AMOR

MEDO


Medo.
O meu medo é do medo que tenho agora, muito embora saiba que depois desse medo vem outro medo.
Não adianta viver com medo, mas é ele que nos faz crescer, porque, ao lutarmos para superá-lo, aprendemos a viver.
É também aí que evoluímos.
Seria bom se fosse sem ele. Mas ele é a prova de que ainda somos pequenos.
E saber disso é o meu maior medo, porque algo me empurra para sair do lugar, que só pode ser para frente, então vejo: estou embaixo, na escala do infinito, do desconhecido. Se não tivesse isso, visto, teria mais medo. Parei de temer, mas só ao medo de ter medo.
*******
Juiz de Fora, 26 de Julho de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Contos de Amor
**********************

domingo, 25 de julho de 2010

PARADOXO DA LOUCURA


Sabedoria de um doido.
Certo dia, estava a visitar um conhecido numa clínica psiquiátrica.
Lá, conheci outro paciente, bancário.
Nos hospitais, há pessoas com transtornos mentais diversos.
Há depressivos, alcoólatras, dependente de drogas em geral, transtornos mentais de toda ordem.
Mania de grandeza é uma delas.
Visitando pessoas no hospital psiquiátrico, acabei aprendendo muita coisa.
É muito comum encontrar supostos “generais”, ou pessoas que se julgam de “alto gabarito”, nessas clínicas.
Então, fazemos continência para uns, anotamos receitas para resolver problemas, etc.
Muitos dos pacientes querem coisas.
Maços de cigarros, dinheiro, reservas na cantina e etc. A princípio atendia alguns pedidos.
Com o passar do tempo, depois de várias vezes, observei que algumas delas faziam negócios internos com o que ganhavam, ou então eram enganadas pelos próprios colegas, porque, para alguns, o que doávamos, sumiam.
Então, naquele dia, naquela visita, fiquei conversando também com o paciente bancário.
Era muito rápido no raciocínio e tinha resposta para tudo. Quase me deixou “doido”. Era jovem, um pouco mais que eu. Seus neurônios eram elétricos demais.
Depois de conversarmos bastante, como pessoas não doidas, ele começou analisar minha personalidade, dizendo que eu era um tipo que seguia padrões hierárquicos. Em outras palavras: eu era pessoa bem empacotada no sistema social, obediente a todas as regras, bem comportado. Disse que eu via as pessoas sob rótulos, isto é, a leitura que eu fazia delas era de acordo com a imagem que elas se apresentavam.
Assim, se alguém estava de jaleco, devia ser um médico; se estava de paletó e gravata deveria ser um advogado; se estava com as mãos sujas de terra e uma ferramenta na mão, seria um jardineiro.
O que ele quis dizer é que eu as qualificava e colocava em ordem hierárquica. Para ele, entretanto, as pessoas são simplesmente pessoas e por trás das aparências o que existe é tão somente um ser humano, igual a todo ser humano.
Jovem gênio e louco, doido e tão sábio!
Se ele estava vivendo uma paranóia de idéias, isso não vem ao caso, o importante é que ele me atingira com reflexões significativas sobre a vida.
Jovem, ainda, eu pouco sabia sobre essas coisas e admirava aquele outro mais jovem do que eu, tão sábio.
Cheguei a ficar envergonhado de mim mesmo e aquele assunto passou a incorporar a minha vida, a fazer de mim um ser com mais o que pensar sobre o mundo, fato que sempre me interessou. Dediquei-me em pensar um pouco mais sobre sistemas sociais, até descobrir, ao longo dos anos, que somos, na maioria das vezes, escravos deles. E muitas vezes vivemos em círculos de idéias, prisioneiros de nós mesmos, semelhante à história de Machado de Assis, no seu livro, O Alienista. Ou então em alguns momentos caímos em “Armadilhas Conceituais”, que conforme a Filosofia Clínica, grosso modo falando, é a mesma maneira de viver em círculo, incapaz de enxergar as realidades externas de nosso mundo interior.
Talvez, o ordenamento das coisas devesse se inverter. Às vezes não sei se os loucos estão dentro ou fora dos muros.

Juiz de Fora, 04 de setembro de 2004.
Evaldo de Paula Moreira
Conto Paradoxos da Loucura
****
****

O QUE É ISTO?


O que é isto?
É o que a gente gostar de ver.
Se, gosta de cores, veja-as.
Pode também, ver flores.
Pode também, ver água.
Pode também, ver peixe.
Há quem viu pirulito.
Há quem viu carro de fórmula UM.
Há quem viu avião.
É teste?
Não é teste.
Então, o que é?
Não precisa entender.
Só precisa gostar.
Se, não gostar, não se preocupe.
Gosto é individual mesmo.
****
Juiz de Fora, 19 de julho de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Poema virtual.
***
****

quinta-feira, 22 de julho de 2010

NATUREZA EM PERIGO


Equilíbrio da natureza.
Todos os seres vivos buscam refúgio contra predadores e desenvolvem mecanismos de defesa. Ninguém pára no tempo. Todos têm que lutar para defender seu quinhão de vida.
Preste bem atenção em cada ser e descubra por si mesmo.
Até no deserto tem vida.
Tem cobra, tem escorpião, tem pequenos lagartos. Todos eles sabem sobreviver nessa área inóspita.
Os cactos desenvolvem espinhos para defesa e raízes profundas ou ramificadas na superfície do solo para acúmulo de água.
O camaleão muda de cores para se esconder de predadores.
O gambá?... Cuidado com o cheiro dele. Não chegue perto.
O boi tem chifres.
A borboleta desenvolve desenhos nas asas semelhantes a olhos. Assim ela parece maior do que é para assustar seus predadores.
E o homem, nessa condição, é o menos inteligente de todos porque cria métodos de sobrevivência, defesa e de destruição, além de seus limites de necessidades.
Os outros animais não destroem o planeta, porque há um equilíbrio de antídotos, mas o homem passou o sinal vermelho.
Paremos nosso “trem”.
*****
*****
Juiz de Fora, 21 de julho de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Poema de Reflexão
****
****

quinta-feira, 15 de julho de 2010

POR FAVOR, ACENDE A LUZ...


Ei!
Alguém aí?
Tá escuro aqui.
Ninguém ouve...
Por que será, hem?
Sei que tem gente aqui.
Que voz é essa, falando baixinho?
“Fique quieto, não fala alto não.”
Quem é, hem?
“Apaga essa luz, aqui é a treva, saia daqui.”
Mas, por quê? A claridade não é melhor?
“É para você, mas para quem vive só na treva, não.”
Como, assim?
“Eles não a conhecem”.
“Estão atrelados a controles coletivos”.
“Há os que lucram com o aumento do cardume”.
“É por isso que a educação é pouca por aqui”.
“Usam drogas com liberdade, é mais fácil fazer tudo escondido...”
Ora, que absurdo! Mas por que ninguém faz nada?
“Faz, sim, você é que não vê”.
“O problema é que é difícil achar o caminho certo”.
“Alguns acham que é preciso matar, outros que é prender”.
“Há os missionários que ficam pregando religião o dia todo”.
“Até agora, nada resolveu. Quase ninguém liga, pode até matar”.
Mas, por quê?
“É preciso saber provocar o desejo. Desejo de Ser, Desejo de Ter”.
Mas..., não é fácil avisar isso prá todo mundo?
“É? Faz, então! “Bobo!”.
“Nunca leu sobre o Mito da Caverna, de Platão”?
“E sobre a obra do Schopenhauer: O Mundo como Vontade e Representação?”
Li só um pouco. Estou tentando entender isso melhor.
“Não adianta coçar a cabeça!”.
Mas, eu queria ajudar...
“Então, corre. Publica no seu Blog”.
“Quem sabe alguém lê e resolve te ajudar? Tem pessoas fazendo isso, junte-se a elas”...
“Isso é uma luta de poderes”. “Luz x Treva”.
“E, todo mundo pode desenvolver as duas coisas dentro de si”.
“É preciso políticas públicas, e melhor visão da iniciativa privada, criando espaços para a população desenvolver o lado positivo da vida: as Artes, o Esporte, são exemplos. É preciso fixar minhoca na ponta do anzol para atrair o peixe. Se a luz faz isso, pouco, a treva está lutando para ocupar os espaços. Ganha a parte que trabalhar mais. Não pode parar. A população está sempre aumentando. É uma luta de balaio contra balaio. Quem sabe mais, pega mais peixe. Um não vai ajudar o outro”.
“Saia logo, daqui”!
“Esse não é o seu balaio”.
“Está me atrapalhando”.


****

Juiz de Fora, 15 de julho de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Poema de Apelo.
****
****

terça-feira, 13 de julho de 2010

O NOVO TREM


****
Trem-bala
Sonhos são sonhos, que mudam ou não com o tempo.
Realizam-se, ou não.
O melhor deles é aquele que acontece quando a gente consegue viver para ver e ainda acredita que ele é bom.
Se o mundo é real ou não é real, se podia ser ou não ser diferente, o fato é que há mais de quarenta anos, ainda jovem, cheio de expectativas e de sonhos, morava e trabalhava como office-boy em São Paulo e naquela época já era assunto cotidiano os velozes trens da Europa e do Japão. Parecia algo muito distante para acontecer no Brasil. Mas o desejo estava guardado para um dia, junto com outros, mesmo que distantes, pudessem ser realizados.
Importantes, como ainda são, eram os japoneses, os europeus e os americanos do norte.
“Trem bão” era coisa só para eles. Para nós era apenas desejo.
Agora, finalmente, teremos um “trem bala”. Um dia ainda fabricaremos os nossos próprios trens, e quem sabe, o Brasil entrará nos trilhos, “correndo a todo vapor”, sem pobreza e sem tristeza.
Ainda espero por experimentar esse trem.
***
***

Juiz de Fora, 13 de julho de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Poema de Esperança.
****

****

OLHANDO PEIXE NO CÓRREGO

domingo, 4 de julho de 2010

BRINQUEDO


Brinquedo

Não dá para esquecer os brinquedos de quando éramos crianças.
Mesmo na roça não faltava criatividade para inventar. Eram diversas as brincadeiras.
Fazíamos os nossos próprios brinquedos.
Era comum fazermos os brinquedos regionais, entre eles, carrinhos- de- boi. Fazíamos até de casca de abóbora, que cortávamos em círculos para fazer as rodas e também outros pedaços para o assoalho do carro.
Cortávamos bambu e com pequenos pedaços podíamos fazer flauta, com as partes mais finas e com as outras partes era possível fazer cavaquinho. Era só lascar umas tiras estreitas num pedaço de bambu verde e colocar um pequeno calço debaixo delas para imitar as cordas.
Mas, um dos brinquedos que mais me marcou e deixou saudade foi um que parece um pião grande. Só que era feito de lata e colorido. Tinha um eixo central que apertávamos e fazia o brinquedo rodar igual a um pião. Rodava, rodava e emitia um som mais intenso do que o do pião, que também emite som.
Aquele brinquedo que ganhei e foi fabricado na cidade, chamava-se “piorra”.
****
****
Juiz de Fora, 03 de julho de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Contos de Amor
****
****