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terça-feira, 6 de março de 2012

Desenho livre, abstrato - Série Pensamentos - O Dique




                               O Dique
Não sei como dizer o muito que tenho a dizer.
Não sou diferente de todo o mundo.
O coração transborda, sim.
Mas há momentos que é preciso segurar o dique, segurar as comportas.
A alma não está vazia, creio que todos nós somos assim.
Há mais qualidade no filete que corre das comportas que controlam o volume das águas, revoltas em tempestades.
Sem desmerecer os processos naturais de rompimentos.
Tudo faz parte das experiências humanas.
A natureza é mais sábia do que pensamos.
É preciso entendê-la e quando isso não acontece simplesmente retoma seu caminho – rompe o dique.
Nada incompreensível.
Assim somos nós no aprisionamento exacerbado da alma.
Explode o dique.
Nada incompreensível.

Juiz de fora, 05 de março de 2012.
Evaldo de Paula Moreira
Série Pensamentos – Reflexões – O Dique