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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Esse papo é bom - III



                       Os aros e as circunferências da vida - reflexões


A vida é feita de aros, Gina.

-Como assim, Jorge?

A gente nasce, morre e parece que voltamos de novo. É um aro.
Cumprimos nossas tarefas diárias e no fim voltamos para o descanso. É outro aro.
A Terra, os demais planetas, as estrelas, têm formas de aros.

- Não é melhor dizer circunferência? Fica mais bonito, Jorge.

É apenas uma metáfora, Gina. Quando penso em aro, penso que ele pode ser um pouco irregular. Lembro-me das brincadeiras com vários tipos de aros quando era criança. Brincava tanto que eles até entortavam.
A Terra não é exatamente redonda, muito embora se pense nela como círculo perfeito.
Da mesma forma é o aro. A gente pode brincar até ele entortar que continua sendo aro. Aro de brinquedo.

- Pois é! Estamos acostumados a pensar nas medidas exatas e, a Terra, além de não ser perfeitamente redonda faz um movimento elíptico em torno do Sol, ajudando a gerar as estações diferentes, do ano.

Plutão faz uma órbita meio maluca em torno do Sol.
E assim vai a vida. Dá muitas voltas, tem muitos aros, mas... Nem tudo é brinquedo.

- Parece justo. É bom saber que os aros existem. Você lembrou bem, Jorge. Desse modo não precisamos ver tudo com a rigidez exata da circunferência. É a matemática da vida, que pode também ser maleável.




Juiz de fora, 23 de novembro de 2011.
Evaldo de Paula Moreira
Reflexões – aros da vida