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SEGUIDORES DE CAMINHADA

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Há tantos ilimitados limites. Reflexões.





Ah!
Gostaria de saber como resolver todas as minhas ânsias...
Limitadas, neste céu sem limites.
Ânsias sofridas.
Ânsias indefinidas.
Ânsias...
De tantas alegrias.
Oh, vida!
Que me deu cinco sentidos.
Como fazer para abraçar e reter tantos encantos?
Equilibro-me entremeio a desencantos, que me arrocham, invariavelmente me transformam em couro curtido...
Vivo intensamente por ser maestro dos sentidos.
Mesmo usando o sexto sentido não posso conter esses ardentes desejos.
Desejos de ter.
Desejos de tão somente ser.
Há maestros que ficam pelos caminhos, temporariamente embevecidos, maravilhados em suas músicas.
Há outros que estão lá na frente, nos palcos iluminados ou escurecidos, orquestrando as lágrimas e os sorrisos, olhando as flores e os abismos.
Vendo os olhares que olham outros olhares.
Limitadas ânsias...
Porquanto o céu não tem limites...
A vida é repleta de músicas, maestro!
É repleta de cheiros e perfumes.
Olhem quantas cores, artistas do pincel.
Sintam quantos amores e quantas dores existem, poetas.
Quanto mais variadas são as cores mais belas são as telas, senhores pintores.
Tudo isso traduz em formas ilimitadas...
Nossas finitas ânsias.
Feitas de amores e temores.
Num céu que abriga as estrelas...
E incontáveis atores.


Brasília, 27 de junho de 2011.
Evaldo de Paula Moreira
Reflexões.