Powered By Blogger

SEGUIDORES DE CAMINHADA

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O PODER DA BONDADE - cena do filme Ben-Hur


Cena do filme BEN HUR – Clássico do cinema- 1959(melhor filme)- com Charlton Heston. Dirigido por Willian Wyler.

Há uma cena no filme em que Jesus dá água a Judah Ben-Hur, judeu de família nobre na Palestina tornado escravo de Roma injustamente. Acorrentado a outros escravos, este tem tratamento mais duro e é proibido de beber água, numa das paradas do caminho. Caído no chão, enfraquecido e humilhado, clama por Deus. Naquele momento Jesus está por perto e lhe dá de beber, mesmo sabendo do rigor dos soldados. Judah Ben-Hur adquire novas forças e nunca mais esquece aquele gesto nem a face daquele homem incomum, desconhecido para ele.
Um soldado romano vendo a desobediência em dar de beber ao judeu, parte de imediato com seu chicote, pronto para a advertência.
Jesus se levanta calmamente e se posta com a mesma ternura diante do soldado, esperando sua reação. O soldado ficou sem ação e sem saber o que falar ao Galileu, porque com certeza, nunca havia se deparado com alguém tão puro de alma, de coração e de tanta força moral.
Retirou-se sem falar um “A”, sequer.
Acredito que foi um dos momentos mais sublimes do filme, cujo ato alimentou tal força a Judah que ela o manteve vivo para continuar longa caminhada como escravo. Já liberto da escravidão como se por milagre, presenciou a crucificação do Cristo sem poder fazer nada apesar de tentar retribuir o favor da água recebida muito tempo antes, embora fosse um homem de bem. Tratava-se do destino do Cristo, previsto nas Escrituras, cujas forças estavam além das possibilidades do homem comum da Terra.

Comentário: ficção, ou não, destino ou não, há de chegar o momento em que a humanidade terá o mesmo olhar sublime, a mesma força moral para viver sem quedas, por já ter alcançado outros patamares de evolução. Por enquanto ainda cambaleamos pelas estradas da vida apesar dos dois mil anos de exemplo base, sustentáculo para nossa caminhada rumo à maturidade.


Juiz de Fora, 09 de janeiro de 2011.
Evaldo de Paula Moreira