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SEGUIDORES DE CAMINHADA

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

LEMBRANÇA, INFINITA ÂNSIA

Lembrança, infinita ânsia.
Quero conversar com alguém. Estabelecer, contudo, elementos de interseção.
Quero degustar melado. Ele me liga ao passado, à roça de minha infância. Faz-me lembrar do engenho de cana. Era gostoso estar com as pessoas, em torno do engenho, movimentado por junta de bois.
Quero comer goiaba. Ela me liga ao passado, à roça de minha infância. Era gostoso subir na árvore, partilhando com outras crianças momentos descontraídos, sem compromisso algum, apenas sendo parte daqueles momentos desinibidos e interagidos.
Quero ver um peixinho de aquário. Ele me liga ao passado, à roça de minha infância. Andava nas beiras dos córregos, com outras crianças, sem compromisso algum, apenas sendo parte daquele momento, sentindo a pureza da água e vendo o nadar dos peixinhos. Eram momentos de emoções pueris.
Quero ver uma bengala. Ela me liga ao passado, à roça de minha infância. Era comum retirar lenha da mata e também madeiras para fazer porretes. Propiciava alegria aos meninos participantes.
Quero brincar de pique. Ele me liga ao passado, à roça de minha infância. Era um bom momento de interagir com as outras crianças. Era de suar o corpo, despertava a alma, movimentava as células, fazendo sentir cada parte do corpo.
Lembrança do passado, da roça de minha infância. Saudade daquela inocência, daquela pureza, elos da alegria espontânea. Pulo de existência que jamais será esquecida.
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Juiz de Fora, 22 de setembro de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Poemas de Amor

DESENHO LIVRO, SEMPRE AMIGO

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