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SEGUIDORES DE CAMINHADA

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O GRITO E O ECO


Ante o grito e o eco, ante o olhar varredor do perto, e do distante horizonte, o pensamento busca resposta dentro e fora de mim.
Nas florestas e nas águas cheias de viventes, embora em momentos não aparentes, nenhum responde o perguntado no grito sem saber o que foi indagado.
Grito apenas gritado, apenas por estar intrigado.
Somente o eco responde, repetindo a pergunta, porque também não sabe o que desejamos saber.
Grito gritado para o infinito, afogado na própria pergunta.
Ante o grito e o eco, a única e remota resposta para o viver está no tempo da vivência, grudado na consciência: é tão somente a fé.
Juiz de Fora, 20 de dezembro de 2010.
Evaldo de Paula Moreira
Poema de Amor.

Um comentário:

josé roberto balestra disse...

Meu amigo Evaldo, de fato, pela vida muitos de nossos gritos vão ficando sem eco. Mas você tem razão, o eco também é uma questão de fé. Por isso a ausência de eco é apenas aparente, na medida em que os nossos montes de fé é que carrearão no momento exato e definitivo o eco das respostas aos nossos ouvidos. ...em planícies não moram ecos.

Peço-lhe desculpas pelas ausências aqui no seu blog, não obstante suas francas visitas a mim, que sempre m’alegram. É que, inda que calado, muito tenho gritado tentando erigir montes em meu interior, mas os ventos que sopram tem me levado as terras que carrego. Espero que no próximo ano seja diferente; assim não há peito nem ombro que aguente.

Abração!

ZR